Ácido barbitúrico, descoberto por Adolf von Baeyer, em 1864
Nas origens da química, os compostos orgânicos foram nomeados por seus descobridores. A uréia recebe esse nome por ser isolada da urina.
O ácido barbitúrico foi descoberto pelo químico alemão Adolf von Baeyer em 1864. Especula-se que ele tenha dado esse nome em homenagem a uma amiga chamada Barbara.
A ciência química estava avançando e o grande número de compostos orgânicos descobertos tornou essencial o uso de uma nomenclatura sistemática.
[1] isobutano (nome comum); metilpropano (nome IUPAC)
[2] isopentano (nome comum); metilbutano (nome IUPAC)
No sistema de nomenclatura IUPAC, um nome é composto de três partes: prefixos, principais e sufixos; Os prefixos indicam os substituintes da molécula; o sufixo indica o grupo funcional da molécula; e a parte principal o número de carbonos que possui.
Os alcanos podem ser nomeados seguindo sete etapas:
Regra 1.- Determine o número de carbonos da cadeia mais longa, denominada cadeia principal do alcano. Observe nas figuras que nem sempre é a corrente horizontal.
[3] 3-metiloctano
[4] 4-metilheptano
O nome do alcano termina com o nome da cadeia principal (octano, heptano) e é precedido pelos substituintes.
Regra 2.- Os substituintes são nomeados trocando a terminação -ano do alcano do qual são derivados por -il (metil, etil, propil, butil). No nome do alcano, os substituintes precedem o nome da cadeia principal e são acompanhados por um localizador que indica sua posição na cadeia principal. A numeração do backbone é feita de modo que o substituinte seja atribuído ao localizador mais baixo possível.
[5] 2-Metilpentano
[6] 3-Etilhexano
[7] 4-Etiloctano
Regra 3.- Se tivermos vários substituintes, eles são ordenados alfabeticamente precedidos pelos localizadores. A numeração da cadeia principal é feita de forma que os substituintes juntos levem os localizadores menores.
[8] 4-Etil-3-metiloctano
[9] 2,4-dimetilhexano
Se vários substituintes forem iguais, os prefixos di, tri, tetra, penta, hexa são usados para indicar o número de vezes que cada substituinte ocorre na molécula. Locantes são separados por vírgulas e deve haver tantos quantos forem os substituintes.
[10] 3,3,4,4-Tetrametilhexano
[11] 3,5,6-Trietil-2,2-dimetiloctano
Os prefixos de quantidade não são levados em consideração na classificação alfabética.
Regra 4.- Se ao numerar a cadeia principal em ambas as extremidades, nos encontrarmos à mesma distância dos primeiros substituintes, olhamos para os outros substituintes e os numeramos para que tomem os locais menores.
[12] 3-Etil-2,5-dimetil-hexano
Regra 5.- Se pela numeração em ambas as direções se obtêm os mesmos localizadores, o localizador mais baixo é atribuído ao substituinte que vem primeiro em ordem alfabética.
[13] 2-Bromo-4-cloropentano
Regra 6.- Se duas ou mais cadeias têm o mesmo comprimento, aquela com o maior número de substituintes é considerada a principal.
[14] 3-Etil-2-metil-hexano (correto)
[15] 3-Isopropilhexano (incorreto)
Regra 7.- Existem alguns substituintes com nomes comuns aceitos pela IUPAC, embora seja recomendado o uso de nomenclatura sistemática.
[16] Isobutil (1-metiletil)
[17] terc-butil(1,1-dimetiletil)
[18] Isobutil (2-metilpropil)
[19] sec-butil(1-metilpropil)
Os nomes sistemáticos desses substituintes são obtidos numerando a cadeia começando com o carbono que se une ao pai. O nome do substituinte é formado pelo nome da cadeia mais longa terminando em -ilo, precedendo os nomes dos substituintes que esta cadeia secundária possui em ordem alfabética. Vejamos um exemplo:
[20] 4-Isopropiloctano (4-(1-metiletil)octano)
[21] 4-terc-butiloctano (4-(1,1-dimetiletil)octano)
Tabela de alcanos com menos de 10 átomos de carbono.
Metano (CH4)
Etano (CH3CH3)
Propano (CH3CH2CH3)
Butano (CH3CH2CH2CH3)
Pentano (CH3CH2CH2CH2CH3)
Hexano (CH3CH2CH2CH2CH2CH3)
Heptano (CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH3)
Octano (CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH3)
Nonano (CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH3)
Decano (CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH3)