A Lei de Lambert-Beer introduz o conceito de absorbância (A) de uma amostra como $A=log\frac{I}{I_0}$. Onde $I_0$ representa a intensidade da luz incidente e I a intensidade da luz que passa pela célula. Também podemos expressar a absorbância em função do comprimento da cubeta e da concentração de soluto. \begin{equation} A=log\frac{I_0}{I}=\epsilon\cdot c\cdot l \end{equation} Onde $l$ é o comprimento da cubeta em cm, $c$ representa a concentração de soluto em mol/le $\epsilon$ é a absortividade molar (coeficiente de extinção molar) medida em l/mol.cm.

Para uma determinada concentração e comprimento da cubeta, a absortividade molar determina se a intensidade da banda (absorvância) é alta ou baixa. É muito comum representar $log\epsilon$ em ordenadas ao invés da absorbância, em abcissas o comprimento de onda é representado. Para ver a importância do coeficiente de absortividade molar, vamos comparar seu valor na transição $\pi \rightarrow\pi^{\ast}$ do 1,3-butadieno ($\lambda =217\;nm$), que apresenta um $\epsilon =21000\;l/mol.cm$ ($log\epsilon=4.32$), com a transição $n\rightarrow \pi^{\ast}$ de acetona ($\lambda =280\ ; nm$) que apresenta $\epsilon =12\;l/mol.cm$ ($log\epsilon =1.08$). No caso do 1,3-butadieno observa-se uma banda intensa enquanto na acetona corresponde a uma banda de intensidade muito baixa (transição proibida). Em geral, aquelas com absortividade molar inferior a 100 l/mol.cm são consideradas transições proibidas.