TEORIA DA PIRIDINA

modelo de piridina

A piridina se comporta como uma base através do par solitário do átomo de nitrogênio. Na presença de ácidos, é protonado, gerando sais de piridínio.

basicidade-piridina-01

a) Reação de alquilação

A piridina reage com haletos de alquila, haletos de alcanoíla e anidridos para formar sais de piridínio. A reação prossegue através do ataque nucleofílico do par solitário de nitrogênio ao carbono eletrofílico dos referidos reagentes.

alquilação-piridina

A piridina é oxidada na presença de peróxido de hidrogênio ou perácidos para formar N-óxidos de piridina.

n-óxidos-piridina-01

O anel de piridina é capaz de atacar eletrófilos, de forma análoga ao benzeno, dando origem à reação de substituição eletrofílica aromática. Devido à eletronegatividade do nitrogênio, a piridina é muito menos reativa que o benzeno em SE, exigindo condições de reação mais drásticas.

substituição-eletrófilo-piridina-01

É possível colocar eletrófilos na posição 4 da piridina através da formação de N-óxidos.

posição de substituição eletrofílica 4 piridina 01

Esta reação forma organolítios a partir de uma piridina halogenada. Organolíticos permitem o ataque de eletrófilos de carbono muito variados, tais como: haletos de alquila primários, aldeídos, cetonas, nitrilas, ésteres, epóxidos...

litiação de piridina 01

Nucleófilos duros (organometálicos, amida, hidreto de alumínio e lítio) atacam a posição 2 do anel de piridina, dando origem a reações de adição nucleofílica. Caso ocorra uma etapa final de oxidação, com perda de hidreto, podemos falar em substituição nucleofílica.

a) Adição de organometálicos

uma piridina organometálica 01

A rearomatização do anel é possível adicionando um oxidante que remove o "H 2 "

uma piridina organometálica 02

b) Adição de amida. reação de Chichibabin

uma piridina chichibabin 01

As piridinas com grupos abandonadores nas posições 2,4 reagem com nucleófilos, resultando na substituição do nucleófilo pelo grupo abandonante. A reação segue um mecanismo de adição-eliminação.

substituição nucleofílica de piridina 01

As piridinas com grupos abandonadores na posição 3 não dão substituições nucleofílicas, mas podem sofrer eliminação na presença de bases fortes, levando a um intermediário chamado piridina (equivalente ao benzino), que é atacado pelo nucleófilo do meio.

piridina 01

Piridinas com grupos 2,4-alquil têm hidrogênios ácidos na posição vizinha do anel. Esses hidrogênios podem ser removidos usando bases fortes como terc-butil-lítio, LDA, etc.

alquil vinil piridinas 01

A base obtida possui um importante caráter nucleofílico, o que permite que a cadeia seja alongada atacando diferentes eletrófilos.

modelo molecular-piridina A molécula de piridina pode ser obtida pela reação de enaminas com a,b-insaturadas. Assim, a reação entre etenamina e propenal, seguida de oxidação, produz piridina.

síntese-hantzsch-piridina-01

A condensação de duas moléculas de etanal e uma de metano produz um composto 1,5-dicarbonila que reage com a amônia para gerar piridina.

síntese-chichibabin-01

A síntese de Kröhnke de piridina começa a partir de um ileto de piridínio e um alfa, beta-insaturado para produzir 1,5-dicarbonil, que por reação com amônia dá a piridina final.

A síntese de Guareschi Thorpe prepara 2-piridonas a partir da cianoacetamida como componente nitrogenado, juntamente com uma 1,3-dicetona ou 3-cetoéster.